A função principal do osso que existe na região de maxilas (dentes de cima) e mandíbula (dentes de baixo) é manter nossos dentes em pé. Portanto, quando não há osso suficiente para desempenhar essa função, os dentes ficam moles por falta de suporte e podem estar condenados à extração (quando não caem sozinhos).
Considerando que o osso alveolar serve para segurar os dentes, é esperado que, não havendo dente para segurar, o osso na região diminua. Essa é uma das consequências da perda precoce de um dente sem qualquer reabilitação protética: perda óssea. Aí chega o dia em que você resolve finalmente fazer um implante e acabar com aquele espaço vago na sua boca. Então, o dentista avalia e avisa: vai precisar de enxerto ósseo.
O osso usado num enxerto pode ser do próprio paciente (enxerto autógeno, que é sempre melhor) ou de um doador. Quando é do próprio paciente, o osso costuma ser removido de áreas apropriadas: região do queixo (mento), ramo da mandíbula e, até, da crista ilíaca (osso da bacia). Claro que, nesse caso, a cirurgia de remoção é feita em ambiente hospitalar, por um médico (de preferência ortopedista). Mas ele pode vir também de um banco de ossos, que é a escolha no caso de haver algo que inviabilize a utilização do osso do próprio paciente, como quando a área a ser reparada é muito grande. Outra opção é o osso liofilizado (fragmentado e em matriz gelatinosa) de origem bovina.
Geralmente o osso utilizado nos enxertos autógenos é particulado, ou seja, ele é reduzido a pequenos fragmentos. Mas se usa também enxertos em bloco, que são mais usados em mandíbula (nos dentes de baixo) e quando se precisa de espessura óssea. O osso particulado usado em enxertos age como um indutor, ou seja, ele estimula o próprio organismo a fabricar o osso necessário, enquanto o bloco, por sua vez, é parafusado na região e osteointegra por si só.
Existe um tipo específico de enxerto ósseo que se chama levantamento de seio maxilar. Não é intenção deste post (nem interessa para o paciente) como ele é feito, mas o vídeo abaixo é tão didático que serve para ilustrar muito bem como ocorre qualquer enxerto ósseo. Veja:
Não preciso nem dizer (mas vou): se você acabou de fazer um enxerto ósseo (principalmente um levantamento de seio maxilar) está totalmente proibido de fumar! A chance do enxerto dar certo, se você fumar durante o período de osteointegração ("cicatrização"), diminui drasticamente. Ainda, é importante lembrar que em caso de necessidade de enxerto ósseo, ele deve ser feito pelo menos de 6 meses antes da instalação do implante.
Artigo original em: http://medodedentista.com.br/2012/05/enxerto-osseo-em-odontologia.html
Obrigado por citar nosso site com um link a partir da imagem das áreas doadoras da mandíbula. Colega estamos a disposição, se precisar de mais alguma coisa é só falar.
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